Bom, que todas as pessoas não são obrigadas a defender a causa ambientalista é algo notório. Que nem todos são obrigados a gostar de ecochatos, ou ecoxiitas ou mesmo biodesagradáveis é fato. Que existem pessoas que defendem a mineração, atividades extrativistas e que utilizam recursos naturais renováveis ou não renováveis, ok! Que existem pessoas que não cumprem estritamente as melhores maneiras de se "defender" o planeta, está certo!!
Mas como advogada que sou e até onde sei, todos somos obrigados a cumprir leis!! Está certo, é um ideial social o estreito cumprimento de todos os deveres e obrigações advindos da legislação densa e inchada que existe no Brasil, e, talvez por existirem tantas normas, sobre tantos assuntos e em um número exagerado, com tamanha burocracia e possibilidades de inviabilização de empreendimentos nem todas as, em média, 400 leis aplicáveis a cada um dos empreendimentos existentes sejam cumpridas...
Mas uma coisa é você tentar, e por mais que seja ruim, deixar passar um ou outro cumprimento (pode ser absurdo escrever isso mas é a verdade!!), mas, você ver, presenciar e ouvir um empresário GIGANTE, milionário,que têm condições de cumprir tudo o que a legislação exige mas não faz o mínimo porque não acredita nas questões ambientais, porque não está nem aí para as questões relativas ao meio ambiente, porque anuncia para quem quiser ouvir que prefere mil vezes pagar R$1 milhão em propina a fazer ajustes em uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) que custarão em média R$20.000,00 por saber que uma vez cumprida a norma, isso virará precendente e ele não quer dar essa "colher de chá ao órgão ambiental" é demais.
Onde está a fiscalização? Não se trata de uma empresa pequena, escondida!! Deus do ceu! É uma empresa grande, localizada no meio de uma cidade, para quem quiser ver!!! Onde está a cobrança do cumprimento de questões já notórias?????? Simples? Onde estão as autuações? Onde está o embargo de atividade???Onde está a voz de prisão????
Eu sou conhecida por ser pró-empresário. Acredito na possibilidade de conciliar a sustentabilidade, respeito às normas mabientais e ao meio ambiente, preservação do meio para as futuras gerações e tudo mais que é preceituado no artigo 225 da CR/88, mas acredito também na economia, no crescimento do pais e em questões sociais, como geração de emprego.
Mas nem eu que não sou ecoxiita, ecochata ou mesmo biodesagradável consigo ver certas coisas e ficar quieta.
Como não posso fazer muito em função de complicadores, como ética profissional (sim, nesse caso é um complicador), faço esse desabafo no blog, que acredito piamente ser um veiculo de informação e conscietização.
Prezados leitores, peço desculpas, mas algo precisava ser feito.
3 comentários:
Isso é realmente indignante!!!!!!! E o mais absurdo é pensar que essas pessoas empreendedoras acreditam que esse tipo de postura "compensa". Por um tempo, financeiramente falando, pode ser até que se sustente, pela ausência de mecanismos de fiscalização ambiental efetiva no Brasil, mas um pensamento desse traduz um egoísmo e um imediatismo sem tamanho... É revoltante!!!
Babi, parabéns por botar isso em pauta!!!
Olá Barbara,
Parabéns pelo post!! Acredito que isso além do setor privado traduz também o que passa no nosso judiciário. Nossa sociedade civil é forte, mas uma mudança estrutural só ocorrerá quando os estudantes de direito se comprometerem com os verdadeiros valores legais. É isso o que falta também em muitas universidades (principalmente as 'novas' privadas) no Brasil: compromisso profissional.
Olá Bárbara, sou o anônimo do post anterior. Desculpa, mas também precisava desabafar...
Postar um comentário