Uma comissão formada por dez índios caiapós, jurunas e do Parque Indígena do Xingu será recebida no início da tarde desta terça-feira (8) no Palácio do Planalto pelo secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência da República, Rogério Sotilli.
Os índios pedem a paralisação do processo de licenciamento da usina hidrelétrica de Belo Monte e ainda esperam ser recebidos pela presidente Dilma Rousseff.
Na chegada de Dilma ao Planalto, cerca de 100 índios e ativistas estavam concentrados na Praça dos Três Poderes, em frente ao palácio, com cartazes e faixas pedindo a interrupção do licenciamento da usina, cujo investimento está avaliado em cerca de R$ 19 bilhões e, quando pronta, será a terceira maior hidrelétrica do mundo.
No fim de janeiro, o Ibama liberou o licenciamento para a construção do canteiro de obras da usina. Só com a autorização parcial de instalação do empreendimento 238 hectares serão desmatados.
O Ibama, no entanto, diz que a licença parcial não signifca que a construção efetiva da usina é "fato consumado". A concessão do licenciamento, no entanto, teve oposição da Funai (Fundação Nacional do Índio).
Na audiência com o substituto do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), que está participando do Fórum Social Mundial, no Senegal, os índios entregarão uma carta com os argumentos para a paralisação do empreendimento.
Será que após tantas manifestações, a Presidenta irá reconsiderar esse projeto, que pode por fim a diversos hectares de terras indígenas e de matas nativas?
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