
Carlos Minc, Ministro do Meio Ambiente, anunciou que a Licença de Instalação da terceira usina nuclear brasileira, Angra 3, no Rio de Janeiro, será liberada hoje.
Segundo o Ministro, a Licença está condicionada a diversas exigências “brutais”, entre elas, a obtenção de “solução definitiva para o lixo nuclear”.
De fato, a grande resistência atual quanto à utilização da energia nuclear concentra-se na produção e gerenciamento dos resíduos radioativos gerados pelas usinas.
Atualmente, a França conta com cerca de 80% de suas necessidades energéticas supridas por usinas nucleares, sendo que 55% da população francesa desaprova a forma como os resíduos gerados são gerenciados.
De outro lado, antecipando-se às iniciativas da Comunidade Européia de tentar acelerar as discussões a respeito, a França lança mão de incentivos fiscais para as cidades que se dispuserem a receber os resíduos gerados por suas usinas nucleares e aprova uma lei onde estipula que os resíduos serão armazenados em abrigos subterrâneos, traçando um cronograma para cumprir seu objetivo até 2015.
É certo que grande parte da população mundial concorda que não há uma forma segura de descartar os resíduos nucleares, sendo certo, portanto, que esta forma de produção energética efetivamente polui.
O que o Brasil pode fazer é investir de forma pesada em processos de armazenamento e monitoramento do lixo nuclear a fim de evitar qualquer risco à sociedade e ao meio ambiente.
Agora, encontrar uma “solução definitiva para o lixo nuclear”, como pretende Minc, parece ser uma missão quase impossível!
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