quarta-feira, 23 de julho de 2008

A peleja das cópias

Temos sofrido com a dificuldade de conseguir cópias dos processos ambientais, sem os quais não é possível trabalhar, pois lá estão contidas as preciosas informações sobre todo o andamento de um licenciamento ou de uma autuação de determinado empreendimento.

Mas o procedimento de obtenção de vistas e cópias tem sido uma verdadeira peleja. Vamos à descrição do trajeto percorrido para alcançar um processo: primeiro passo, enviar um e-mail solicitando vistas. Esse e-mail será lido, impresso e o processo será deslocado de um prédio no centro da cidade ou de outro que se encontra na Av. Nossa Senhora do Carmo, até um galpão no Bairro Gameleira. Quando o processo chega ao seu destino recebemos um telefonema, nem sempre muito educado, para irmos até o mencionado galpão dar uma olhadinha no dito cujo. Chegando lá, depois de caminhar por um trecho de brita e terra chegamos à sala onde os processos se encontram. Ali podemos folhear, marcar as páginas, anotar o que precisamos, mas nada de sair de lá com as cópias, pois no tal lugar não existe máquina de xerox. Então fazemos os pedidos das cópias e aguardamos uma média de 3 a 5 dias úteis para que nos telefonem de novo e digam: pode buscar as cópias no outro prédio, no centro da cidade. Chegando lá as cópias estarão no sexto andar com um mocinho simpático que entregará uma guia que não poderá ser paga no prédio. Temos que sair e pagar no Banco do Brasil mais próximo. Depois disso voltamos para o prédio, não sem antes esperar pelo menos meia hora na fila do banco e mais meia hora na fila do elevador da FEAM. Entregamos o comprovante de pagamento e então, finalmente, temos as cópias, sendo que cada uma custou a barganha de 50 centavos. Fácil assim!

Depois de toda essa descrição, vamos às ponderações:

1 – Em se tratando de um órgão ambiental, deveria haver alguma consciência sobre o quanto de combustível fóssil e quantas toneladas de gás carbônico são despejadas pelos carros que ficam cruzando a cidade com esses processos e os carros que levam os pobres estagiários que precisam das cópias, não? Mas acho que essa não é uma preocupação...

2 – Temos direito à informação, certo? Mas vocês acham que uma pessoa comum tem tempo e paciência para enfrentar toda essa maratona em busca das informações contidas nesses processos administrativos ambientais? Nessas horas temos muito que agradecer pela existência dos estagiários.

3 – E se tivermos urgência em obter as cópias? Urgência... essa palavra não existe no vocabulário dos órgãos públicos, a não ser que você seja amigo do dono.

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