quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Conscientizando os EUA...

Os Estados Unidos precisam assumir a liderança da preservação das florestas tropicais, como forma de combater a mudança climática, disse nesta segunda-feira (9) uma coalizão de parlamentares, executivos e ambientalistas.

O desmatamento representa 20 por cento das emissões de carbono responsáveis pelo aquecimento global, disseram membros do grupo Parceiros do Desflorestamento Evitado, em um fórum no Congresso dos EUA.

O Congresso deve aprovar neste ano - talvez já em fevereiro - leis contra a mudança climática, ressaltando a mudança de postura do governo norte-americano depois do fim do governo de George W. Bush, que retirou o país do Protocolo de Kyoto, principal tratado global contra o aquecimento.

"Sem a liderança dos Estados Unidos da América, todos os demais dirão: 'Talvez não seja tão sério quanto parece'", disse a ambientalista queniana Wangari.

Maathai, Prêmio Nobel da Paz de 2004. "Se a América não está preocupada, então não pode ser uma questão séria."

De acordo com ela, três grandes florestas tropicais (Amazônia, Congo e Sudeste Asiático) são os "pulmões" do mundo, retendo enormes quantidades de gases do efeito estufa.

O grupo elogiou o Congresso por suas iniciativas em prol de uma legislação que estipule limites às emissões de carbono.

Os senadores Richard Lugar (republicano) e John Kerry (democrata) manifestaram apoio ao apelo da coalizão para que os EUA assumam a liderança no combate ao desmatamento. Executivos das empresas American Electric Power, Duke Energy, Marriott International, e das ONGs CARE USA, The Nature Conservancy, Oxfam America e Conservação Internacional também aderiram.

Stuart Eizenstat, ex-negociador dos EUA que participou da formulação do Protocolo de Kyoto disse que a ênfase na preservação florestal deve estimular os países em desenvolvimento a se envolverem com o futuro tratado climático que substitua o Protocolo de Kyoto a partir de 2012.

Um dos desafios do novo tratado será incluir metas obrigatórias de redução de emissões para grandes países em desenvolvimento, como China e Índia, poupados do atual sistema.

"Essa é uma forma de envolver países em desenvolvimento que desejam participar, que farão sua contribuição evitando o desflorestamento...caso recebam incentivos para tal", disse Eizenstat. (Fonte: Estadão Online)

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