O título desta postagem reflete a triste conclusão a que chegou um grupo de 66 pesquisadores da Universidade de Oxford (Inglaterra), dentre eles um brasileiro (Luiz Aragão).
Através da análise dos dados coletados, verificou-se que a dramática falta de água no ambiente amazônico em 2005 não afetou apenas a vida dos moradores da região. Com a seca, a floresta, que normalmente absorve carbono, também passou a emiti-lo no ambiente.
As sequelas deixadas pela grande estiagem, segundo medições inéditas realizadas pelo grupo, vão durar por décadas. Com menos água, as árvores morreram mais. Cresceram menos. E a floresta passou a colaborar para a piora do aquecimento global.
Contudo, esta contribuição para agravar o aquecimento global não será imediata. "A Amazônia, antes de 2005, absorvia 400 milhões de toneladas de carbono por ano. Durante o fenômeno [seca], não absorveu nada e passou a emitir 900 milhões de tonelada de carbono", diz Luiz Aragão.
Os 400 milhões de toneladas de carbono que a floresta costuma sequestrar por ano, segundo Aragão, servem para empatar com todo o carbono que é lançado no ar por causa do desmatamento e das queimadas.
Contudo, o carbono que passou a ser emitido pelo sistema não está ainda todo liberado na atmosfera, explica o pesquisador brasileiro. Ele continua preso, por exemplo, em folhas ou galhos mortos.
Além disso, Aragão alerta que o círculo vicioso visto para os meses de seca da floresta em 2005 poderá ficar cada vez mais intenso nas próximas décadas. "Os modelos mostram que a floresta vai ficar mais seca em alguns locais. Claro que esse balanço desfavorável de carbono poderá ser mais frequente", disse.
O resultado disso é que enquanto a seca de 2005 é atribuída a um fenômeno natural -anomalias climáticas no Atlântico-, a culpa sobre as estiagens futuras provavelmente vai recair sobre a humanidade.
Trata-se de um assunto que merece ser objeto de mais pesquisas (assim esperamos!), já que a conclusão obtida é bastante alarmante, ainda mais se pensarmos que a Floresta Amazônica, através do sequestro de carbono poderia contribuir para a diminuição da quantidade de CO2 na atmosfera e não piorar a situação...
Através da análise dos dados coletados, verificou-se que a dramática falta de água no ambiente amazônico em 2005 não afetou apenas a vida dos moradores da região. Com a seca, a floresta, que normalmente absorve carbono, também passou a emiti-lo no ambiente.
As sequelas deixadas pela grande estiagem, segundo medições inéditas realizadas pelo grupo, vão durar por décadas. Com menos água, as árvores morreram mais. Cresceram menos. E a floresta passou a colaborar para a piora do aquecimento global.
Contudo, esta contribuição para agravar o aquecimento global não será imediata. "A Amazônia, antes de 2005, absorvia 400 milhões de toneladas de carbono por ano. Durante o fenômeno [seca], não absorveu nada e passou a emitir 900 milhões de tonelada de carbono", diz Luiz Aragão.
Os 400 milhões de toneladas de carbono que a floresta costuma sequestrar por ano, segundo Aragão, servem para empatar com todo o carbono que é lançado no ar por causa do desmatamento e das queimadas.
Contudo, o carbono que passou a ser emitido pelo sistema não está ainda todo liberado na atmosfera, explica o pesquisador brasileiro. Ele continua preso, por exemplo, em folhas ou galhos mortos.
Além disso, Aragão alerta que o círculo vicioso visto para os meses de seca da floresta em 2005 poderá ficar cada vez mais intenso nas próximas décadas. "Os modelos mostram que a floresta vai ficar mais seca em alguns locais. Claro que esse balanço desfavorável de carbono poderá ser mais frequente", disse.
O resultado disso é que enquanto a seca de 2005 é atribuída a um fenômeno natural -anomalias climáticas no Atlântico-, a culpa sobre as estiagens futuras provavelmente vai recair sobre a humanidade.
Trata-se de um assunto que merece ser objeto de mais pesquisas (assim esperamos!), já que a conclusão obtida é bastante alarmante, ainda mais se pensarmos que a Floresta Amazônica, através do sequestro de carbono poderia contribuir para a diminuição da quantidade de CO2 na atmosfera e não piorar a situação...
Fonte: Folha de São Paulo, escrito por Eduardo Geraque, publicado em 06/03/2009.
Um comentário:
Ei Leila, também fiquei impressionada com a conclusão que esse grupo de pesquisadores chegou e fico me perguntando se eles não estão errados... Na verdade, eu gostaria muito que eles estivessem errados... Mas infelizmente se esse não é o caso, temos que reunir mais forças para não desacreditar que é possível mudar.
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